Este é o título de um artigo publicado por Luís Aguiar no blogue
"A destreza das dúvidas", artigo particular que me foi dado a conhecer pelo meu amigo João Leite. Se não fosse ele não teria tido lido o artigo e começado a escrever este post, que nunca me ocorreu poder vir a escrevê-lo. Portanto, escrevo este post porque o texto de Luís Aguiar me motiva a fazê-lo.
Refere Luís Aguiar que nos EUA para começar a dar aulas (ser
teaching assistant) teve que passar por vários testes, incluindo a simulação de uma aula e só depois terá sido admitido para a função. Esta é uma realidade que Luís Aguiar praticamente desconhece em Portugal. Diz ele "poucas, nenhumas?" Pessoalmente acho que não só Luís Aguiar mas praticamente toda a gente pensa não se praticar esta metodologia de selecção de professores para a carreira docente no Ensino Superior em Portugal.
Luís Aguiar escreveu ainda que depois de ter começado a dar aulas numa instituição americana foram distribuídos questionários aos alunos e que à posteriori os resultados foram tidos em conta, ou seja, foram analisados e discutidos.
Ao ler o artigo
"Quem tem medo das avaliações?" de Luís Aguiar, recordei-me do meu processo de ingresso numa Instituição de Ensino Superior em Portugal.
Tudo começou com uma candidatura espontânea enviada via CTT (Carta de Apresentação e Curriculum) para uma instituição. Posteriormente entrei em contacto através de telefone para confirmar a recepção da minha candidatura e verificar se poderia falar com o Director da Instituição. Consegui falar com ele e a resposta dada foi a de que o meu processo tinha sido recepcionado e que estava a ser analisado.
Alguns meses depois recebo um telefonema dessa instituição porque o Director queria falar comigo. Devo dizer que fiquei imediatamente convencido de que haveria algum lugar em aberto e que em função do meu curriculum poderia vir a ocupar esse lugar. Enganei-me em parte! Em parte, porque de facto tive oportunidade de confirmar que surgiu realmente uma vaga na instituição, mas essa vaga estava a concurso, ou seja, havia alguns candidatos seleccionados para um processo de recrutamento e um deles era eu, uma vez que tinha enviado espontaneamente os meus dados pessoais e curriculares, e com base neles acabei por ser escolhido.
Mas, note-se, fui seleccionado numa primeira fase para a realização de um teste! Sim, um teste! Não estava à espera! O teste baseava-se na simulação de uma aula! Sinceramente, não estava mesmo à espera que numa instituição de ensino superior em Portugal fosse prática realizar este tipo de teste. Acabei, felizmente por passar no teste e fui desafiado a dar aulas no 1º semestre, desafio que aceitei naturalmente porque tinha esse objectivo para a minha carreira.
O segundo facto mencionado por Luís Aguiar, a avaliação do professor pelos alunos, foi outra realidade com a qual fui confrontado e que pensava eu só existir ao nível da formação profissional. Afinal, também na instituição em que passei a prestar serviços, os alunos me avaliaram e depois disso tive uma reunião de reflexão e análise sobre os resultados com o Director da Instituição.
Bem, as coisas correram bem e este ano continuo a prestar serviços na instituição: mantêm-se as avaliações dos alunos e essas avaliações são rigorosamente analisadas e avaliadas com vista à melhoria do desempenho de todo o corpo docente, inclusivamente por semestre é eleito o melhor docente da instituição, ao qual é atribuído pela Direcção, um prémio de distinção.
Naturalmente já sabem que estou a falar do Instituto Português de Administração de Marketing (
IPAM). Desde o ano passado que dou aulas na Escola Superior de Matosinhos, dirigida pelo Mestre Daniel Sá.
Foi precisamente assim que entrei no IPAM!
Artigo de Luís Aguiar