terça-feira, 27 de junho de 2006

"Analfabetismo informático"

Mais de metade dos portugueses não tem conhecimentos de informática. Esta é a conclusão de um estudo recente desenvolvido pelo Instituto de Estatística da União Europeia (Eurostat), cujas conclusões foram publicadas pelo Jornal de Notícias (JN), em 21 de Junho de 2006.

Registamos aqui o facto de a maior parte do "analfabetismo informático" se concentrar na população que possui entre 25 e 54 anos (população activa).

O estudo do Eurostat revela que "a grande maioria dos portugueses não recorre regularmente à internet e 52% nunca utilizou um computador".

Por outro lado, "os estudantes da Eslovénia têm alto nível de conhecimentos de informática. É o valor mais alto, nos países e parâmetros avaliados" no estudo.

"A Finlândia é o país com maior percentagem de habitantes que usam a informática como recurso de trabalho."

Um último aspecto que destacamos aqui tem que ver com o facto de, segundo os dados do Eurostat "não haver nenhum habitante da Noruega e da Dinamarca, com idade entre os 16 e os 24 anos, que não tenha conhecimentos de informática básicos".

mais ...

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Sapos, críticos e apoiantes

Pedro Guerreiro escreveu, no Jornal de Negócios On-Line, que os portugueses estão divididos a propósito do Mundial de Futebol e da situação actual da Economia Portuguesa.

Assim, diz Pedro Guerreiro, existe "a imensa e generosa maioria que apoia incondicionalmente a importância da selecção nacional e os proscritos que andam para aí a criticar a euforia com o mundial".

Pedro Guerreiro considera que a razão está do lado dos segundos, a minoria, e nesse sentido está "com os críticos à euforia anestésica, que as empresas patrocinam, a que os políticos se colam e que merecem psicadélicas coberturas da comunicação social, que elevam o futebol à categoria de opiáceo que verdadeiramente nem sequer será".

Ganhar o mundial não vai resolver os problemas do país, afirma Pedro Guerreiro.

Por outro lado, considera que os jogos principais disputam-se "no campeonato da economia global", e nesse sentido coloca a questão: "A prestação real dos portugueses dá-nos motivos para sonhar alto?"

mais ...

Indignado com a situação económica do país, também Pedro Martins, Presidente da PM International Consulting e Presidente do IPCG - Instituto Português de Consultores de Gestão, num artigo de opinião publicado na última página da PRÉMIO (5 de Maio de 06), considera que "muitos empresários, gestores e profissionais deixaram-se acomodar num universo de mediocridade e vão morrer acomodados, sem terem consciência da sua própria condição".

Pedro Martins é da opinião que "o Governo promoveu em boa hora o choque tecnológico, essencial para a modernização operacional do País, melhorou significativamente a eficácia do aparelho fiscal, reequilibrando a equidade dos cidadãos e das empresas, fez parcerias com alguns empreendedores de referência a nível mundial, como Bill Gates, gerando mais oportunidades de desenvolvimento. Mas nada disso será suficiente se nós próprios não operarmos uma revolução dos nossos valores e motivações".

"A Chave do progresso do nosso País não está só no hardware e no software, mas depende sobretudo do HUMANWARE". Pedro Martins dá o seguinte exemplo: "Não adianta muito ao cirurgião ter o bisturi mais afiado, se não tiver habilidade, conhecimento e vontade para o utilizar com mestria".

O êxito do país dependerá, portanto, da melhoria das nossas qualificações, das competências comportamentais de gestão, liderança e desenvolvimento dos outros.

Pedro Martins termina o seu artigo desta forma: "Quando se coloca um sapo numa panela com água fria, e se aquece lentamente essa água, o sapo (como é um animal de sangue frio) vai aquecendo com a água e não reage, acabando por morrer sozinho. Muitos empresários, gestores e profissionais portugueses parecem ser sapos: deixaram-se acomodar num universo de mediocridade, e vão morrer acomodados, sem terem consciência da sua própria condição".

segunda-feira, 12 de junho de 2006

I Jornadas Internacionais de Protocolo

A Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APEP) vai organizar, no dia 21 de Novembro de 2006, em Lisboa, as "I Jornadas Internacionais de Protocolo" sob o auspício da Organización Internacional de Ceremonial y Protocolo (OICP) e com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, do Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) e da 4 EMES.

PROGRAMA:

9,00 horas - Entrega de crachás e documentação

9,30 horas - Sessão de abertura: Isabel Amaral (Presidente da APEP); Brasilia Arruda Botelho (Presidente do Comitê Nacional do Cerimonial Público); Carlos Fuente (Presidente da OICP) e Embaixador Manuel Corte Real (Chefe de Protocolo de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros).

10,45 horas - coffee-break

11,00 horas - Protocolo Militar: Cor. Jorge Salvati (Vice Presidente da OICP e Presidente da APCRA - Associação de Profissionais de Cerimonial da República da Argentina) e Cor. Souza Machado. Moderador: Manuel Silva Pereira (Secretário da Mesa da Assembleia Geral da APEP).

12,00 horas - Protocolo Autárquico: Eliane Ubillus (Vice Presidente da OICP e Chefe de Cerimonial da Prefeitura de Campos do Jordão e do CODIVAP - Brasil) e Mário Quartin Graça (Presidente da Casa da América Latina). Moderador: Embaixador Mello Gouveia (Câmara Municipal de Lisboa).

13,00 horas - Almoço

14,30 horas - Protocolo Universitário: Yvone Espírito Santo (Directora do Comité Nacional do Cerimonial Público e Chefe do Cerimonial da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Fernanda Antão (Administradora da Universidade Nova de Lisboa). Moderador: Marcilio Reinaux (Presidente da Academia Brasileira de Cerimonial e Protocolo).

15,30 horas - Protocolo Empresarial: Hermínio González (Vice Presidente do Comité Paraguaio de Profissionais de Cerimonial) e Susana Casanova (Directora da APEP). Moderadora: Cristina Fernandes (Directora da APEP).

16,30 horas - coffee-break

17,00 horas - Sessão de perguntas e respostas

18,00 horas - Encerramento das "I Jornadas Internacionais de Protocolo".

domingo, 4 de junho de 2006

"Envergonhados"

"É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos", afirmou Jack Welch numa mesa redonda com empresários portugueses, segundo notícia avançada pelo Jornal de Negócios.

Jack Welch disse ainda, de acordo com a fonte citada, que os portugueses são "demasiado estáticos" e que "existem mais associações do que empresas".

Alguns dos caminhos que Jack Welch aponta para o nosso país são:

  • Fixar os talentos em Portugal para que eles não emigrem;
  • Aumentar a produtividade;
  • Elevar do nível tecnológico;
  • Inovar e valorizar os recursos humanos.

Jack Welch considera que Portugal "é mal visto essencialmente pelos seus parceiros europeus e não em países tão distantes como os EUA", e refere "que lhe faz impressão que não estejamos envergonhados".

Mais informações em PEDRO, Carla (2006.05.26). Jornal de Negócios Online.